sexta-feira, 15 de outubro de 2010

CINEMA – TROPA DE ELITE 2


Que a qualidade do cinema nacional melhorou bastante dos anos 1990 pra cá, já sabemos, mas para exterminar qualquer dúvida explodiu em nossas telonas Tropa de Elite 2 - que pode ser considerado o melhor filme tupiniquim de todos os tempos e de encher de orgulho todos os brasileiros que - por outro lado - poderão ficar com nojo dos governantes e boa porte dos policiais do País.

O filme é ótimo não somente pela coragem de denunciar governo, milícias, mídia, mostrando a realidade do Rio de Janeiro que se estende a todo Brasil, mas também pela super produção com cenas de ação tão realistas e dinâmicas jamais antes realizadas por cineastas nacionais. O aguardado Carandiru (2002), baseado no livro de Dráuzio Varella (Estação Carandiru), não teve a mesma coragem, se resumindo em contador dos ‘causos’ de alguns detentos. Tropa de Elite 2, com roteiro de Bráulio Mantovani e José Padilha (também na direção), bate no peito e chama pra briga sem medo, logo no início, com cenas tensas e realistas de uma rebelião em Bangu 1 e o governador do Rio de Janeiro fingindo impedir muitas mortes para não repetir o ocorrido no extinto Carandiru – episódio que ficou marcado na história do País como Massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 homens foram mortos (e muita gente desconfia que o número ultrapassou a esse divulgado oficialmente). Isso tudo e muito mais o filme Carandiru nem sequer encaixou em uma cena ou texto.

Wagner Moura, agora como Coronel, mantém a intensidade da linha ríspida do Capitão Nascimento em Tropa 1 e prova ser um dos melhores atores da atualidade sabendo equilibrar a emoção nas demais nuances, sendo pai, trabalhador, um ser solitário, lutando contra o sistema ao qual – com muita decepção e a duras penas - ele percebe que também pertence. No Tropa 2 Wagner continua com as narrações em off, alinhavando a trama e fisgando o espectador para ser seu cúmplice - sem escorregar no erro de muitas películas que tentam explicar o que o espectador assiste (bem irritante por sinal).

Outro destaque no elenco é Sandro Rocha, que num passado não muito distante atuava como palhaço Ronald McDonald em eventos promocionais da conhecida rede de lanchonetes. Sandro, que tinha conseguido uma ponta no primeiro filme e ficou conhecido pela frase “quem quer rir, tem que fazer rir”, ganhou mais espaço e mostrou a que veio no Tropa 2, interpretando o major Rocha, PM corrupto que comanda uma milícia, deixando sua marca com novo jargão “cada cachorro que lamba a sua caceta”. Depois dessa atuação, Sandro terá com certeza muitas portas abertas.

O Tropa 1, lançado em 2007, dividiu opiniões, considerado por muitos um longa retrógado, e não explorou muito bem cada personagem, além da história limitar-se bastante aos treinamentos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Tropa de Elite 2 é muito melhor do que o filme anterior, tanto nos diálogos quanto no desenvolvimento dos personagens, além do dinamismo e nada sutis ‘tapas na orelha’ de toda sociedade - mostrando que ninguém é inocente, pois todos, sem exceção, permitem ou colaboram para que o sistema engula tudo e todos de maneiras variadas, gananciosas, maldosas e na maioria das vezes cruéis.

Recorde de bilheteria na primeira semana faz Spielberg ficar de olho

Tropa de Elite 2, que estreou em circuito nacional dia 08 de outubro, já bateu todos os recordes de bilheteria e público do País, pois já soma 2,4 milhões de espectadores em apenas uma semana, algo raro de acontecer desde 1991. Tropa 2 deixou para trás fenômenos de bilheteria internacionais, como Homem Aranha 3 (2,7 milhões), A Era do Gelo 3 (2,5 milhões) e Avatar (1,5 milhão). O sucesso é tanto que Steven Spielberg quer comprar os direitos de distribuição de Tropa de Elite 2 nos Estados Unidos.

Nota 10

Assista ao trailer:

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CINEMA - GENTE GRANDE


Após trinta anos, cinco amigos se reencontraram para o funeral do ex treinador de basquete. Como era feriado, resolveram 'repousar' com seus familiares (filhos, esposas) na mesma casa do lago - onde ficaram quando aconteceu um campeonato na adolescência.

Lendo o primeiro parágrafo alguém pode pensar que se trata de mais um besteirol americano com gostosas, nerds, um time de basquete, piadas sem graça, etc. Sim é um 'blockbuster' ou sessão da tarde com esses ingredientes, mas a comédia “Gente Grande” – produzida por Adam Sandler e Jack Giarraputo - consegue arrancar boas risadas do começo ao fim, principalmente por conter piadas rápidas e bastante humor ácido. É impossível não se identificar pelo menos com uma situação: guerra dos sexos (mostrando que os homens demoram mais tempo pra amadurecer), preconceitos, deboches, travessuras, falar a verdade ou mentira, conflitos familiares.

Todas as cenas são muito bem entrelaçadas e as coisas não param de acontecer, envolvendo a platéia completamente. O único problema é que o longa escorrega do humor para o ‘lenga lenga hollywoodiano’ - lição de moral - que devemos valorizar amizade e família e amor, e que na vida às vezes é necessário perder para ganhar. Dispensável, pra não dizer perda de tempo, para um filme rotulado como comédia e não auto-ajuda.

Boa parte do elenco (Adam Sandler, Rob Schneider, Chris Rock, Kevin James, David Spade, Tim Meadows) consegue passar ao telespectador que está muito à vontade - como se tivesse chegado para gravar do jeito que quisesse, bem natural. Nada robótico ou decorado e muito menos óbvio.

Nota 8,5

Assista ao trailer

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

NOSSO LAR SE APEGA AOS EFEITOS E PECA EM TEXTOS ROBÓTICOS

Em apenas três dias após a estreia, última sexta-feira (03), “Nosso Lar” já é recorde de bilheteria somando R$6,2 milhões nos cofres da produção brasileira, só perdendo para “Chico Xavier, o filme” – também sobre espiritismo – comparando o mesmo período de tempo após lançamento nos cinemas.

O filme - dirigido e roteirizado por Wagner de Assis (“A Cartomante”) e baseado na obra homônima escrita por André Luiz e psicografada pelo médium Chico Xavier (1944) - conta a história do médico André Luiz que ao morrer conhece a cidade espiritual, mas antes foi apresentado ao umbral (espécie de purgatório). Quando resgatado pelos espíritos de luz aprende a se transformar, evoluir, deixando de lado arrogância e materialismo. Ele busca rever a família terrena, mas a cena mais emocionante é do reencontro com a sua mãe no plano espiritual quando teve permissão – regado a uma trilha sinfônica muito bonita do compositor americano Philip Glass. E durante boa parte do filme é possível reconhecer “Sonata ao luar” de Beethoven.

O longa metragem é rico em efeitos especiais feitos por uma produtora canadense, com fotografia muito bonita dirigida pelo suíço Ueli Steiger, e a construção da cidade foi o maior desafio. "Durante meses, nossa diretora de arte e um grupo de arquitetos se debruçaram sobre esse projeto, que é verdadeiramente arquitetônico. Depois, tudo foi recriado pelo pessoal dos efeitos especiais", disse Iafa Britz (produtora do filme). Realmente é tudo muito bem detalhado, sendo um marco na história do cinema brasileiro que jamais teve uma super produção nesse nível, principalmente em investimento, que chegou a R$20 milhões, sendo o mais caro filme desde a repaginada do cinema tupiniquim que aconteceu nos anos 1990. Muita gente está confundindo o formato da cidade dizendo que é um Pentagrama, mas na verdade é uma estrela de seis pontas, como descrito no livro.

A história é pacata, linear, e algumas vezes narrada (algo que poderia ter sido descartado, pois explica o que o telespectador vê e às vezes irrita), mas compensa pelas belas imagens e mensagens, inclusive algumas filosóficas. Claro que geralmente é impossível reproduzir exatamente o conteúdo de um livro pra telona, mas faltou um pouco de cuidado do roteirista – passando a impressão que não leu o Best Seller – porque misturaram alguns acontecimentos. Outro ponto negativo fica para boa parte das atuações, pois o cinema nacional continua pecando nos textos robóticos fazendo perder a naturalidade dos diálogos entre o elenco. Além disso, Renato Prieto, que interpreta o espírito André Luiz, até então pouco conhecido pelo público de massa, exagera na postura corporal e deixa nítido que ainda está cru para encarar as câmeras, característico de artistas acostumados somente com teatro.

Em um trecho tentam fazer as pazes entre religiões, por exemplo, mostrando as vítimas do Holocausto sendo atendidos no mundo espírita, mas pode ser não muito bem interpretado principalmente pela crença judaica pós-morte que é bem diferente da kardecista. Mas pra quem não está preso a essas crenças todas, pode se emocionar com as cenas, pois o amor ao próximo e a vontade de ajudar são algumas mensagens transmitidas. Outra tentativa de unir as religiões, também em sinal de respeito à liberdade de escolha, é uma das paredes da sala de um ministro com vários símbolos religiosos.

A eterna polêmica é de muitos não acreditarem no espiritismo, mas o filme não força ninguém seguir a religião ou acreditar nela e - mesmo fugindo da realidade (prato cheio para a sétima arte) - a sua mensagem principal é que a vida continua independente da preferência religiosa, pois todos somos espíritos e apenas nos desligamos da matéria quando morremos. Pode até não ser a explicação que satisfaça a todos, mas pra algum lugar nossos espíritos devem ir... NOTA 9,0 [GS]

Trailer

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ALEJANDRO: O PODEROSO E INCOMPREENDIDO

E ontem mesmo foi lançado o vídeo do novo sucesso de Lady Gaga, “Alejandro”. A música já vinha recebendo destaque, mas hoje foi o fim da picada, à meia-noite, ter quase meio milhão de acessos no Youtube. Muitas opiniões divergem sobre o teor do vídeo, mas há um consenso, mesmo que não admitido por parte de quem odiou o clipe, que Gaga sabe mesmo como chamar a atenção.

É praticamente inviável comentar a música sem falar um pouco de Lady Gaga enquanto artista. Boa parte da crítica deve discordar de mim, e uma parte assinaria embaixo. Gaga hoje, em minha opinião é o sinônimo para dois termos: gênio musical e rainha do pop. Ela não é “meramente” diva-freak-melancia-no-pescoço. Ela não é “apenas” mais uma performer.

Gostaria apenas de lembrá-los que o campo do meu conhecimento mais amplo e o do meu gosto mesmo é o metal e suas vertentes.


Sim, caro leitor, você está lendo uma crítica de um vídeo da Lady Gaga escrito por uma headbanger. E eu consigo dizer no melhor estilo twitter que Gaga é “troo”.

Ninguém aqui está dizendo que ela é totalmente original. Mas a originalidade dela está em assumir suas influências, em expressar-se sem medo de censura, em ser na sua essência uma verdadeira artista. Ela não é nem um pouco modesta quando fala de si e de suas idéias, mas a forma gentil, pausada e de voz mansa com a qual ela fala deixa qualquer um sem palavras, a saber: de MTV à Oprah e Larry King. Ou se quiser ir mais longe, cito a Rainha Mãe, porque até mesmo ela rendeu-se ao poder de Lady Gaga.


Uma artista totalmente calculada, Gaga admite isso nas suas entrevistas e, pessoalmente, eu acho brilhante. Ela atinge seu público-alvo e ultrapassa os limites, sendo extremamente popular entre as massas. Isso porque, como eu disse lá no começo, ela sabe como chamar a atenção: seus fãs fiéis, que compreendem sua forma de arte, acham absolutamente brilhante, conseguem interpretar cada letra e vídeo de maneira profunda. Os populares acreditam que sua extravagância é pelo menos interessante e os tira do marasmo do dia-a-dia, nem que seja para chocar-se com oito minutos de “Alejandro”.




UMA ANÁLISE BREVE DO VÍDEO “ALEJANDRO”


Como Lady Gaga é uma artista completa (escreve suas músicas, desenha seu figurino, dirige seus próprios vídeos, e todas as grandes performances são idéias da sua própria cabeça), é claro que ela deixa boa parte de sua mensagem para o visual.

Mas o clipe de “Alejandro” deve ser visto acompanhado do entendimento básico sobre a letra. A música é dirigida e uma espécie de lembrança ao público gay.

E há várias formas de encarar o tal Alejandro. Após alguma energia gasta nessa reflexão, eu digo que minha interpretação favorita de Alejandro é que ele representa a figura da homossexualidade, implorando para ser assumida de alguma forma. A primeira pessoa da narração então é um “reprimido”, alguém que não o pode assumir em público com medo “dela” – a censura, a repressão, a violência da sociedade que ainda não aceita a homossexualidade com mais naturalidade, e sim a tolera apenas. Sim, é preciso desconstruir de maneira apropriada para entender a música. Faça o exercício e você encontrará várias outras formas de interpretar a música, mas a mensagem final será a mesma.


Para o vídeo, é redundante dizer – porque isso é explícito – que Gaga faz uso da influência que sofreu de Madonna (a atmosfera da música mesmo lembra “La Isla Bonita”). A maquiagem, os cabelos curtos, o batom vermelho marcado, a forma tranqüila do semblante ao cantar. Referências à igreja, o terço, bem no melhor estilo de “La Isla Bonita”. Alguns toques de MJ também são perceptíveis como o uso de marcha dos soldados.

Mas o que muitos em menos de 24 horas de vídeo no ar disseram sobre “não entender” a mensagem, aí me desculpe, é pura preguiça. Uma vez compreendida a letra, o resto fica fácil: a igreja católica ainda hoje é uma das maiores forças contra a homossexualidade. A referência a “soldados” é óbvia sobre o preconceito dentro de qualquer exército.

O elemento “sado masoquista” do vídeo fala da repressão ao homossexualismo, além de evidenciar uma das muitas formas de se fazer sexo. Homens todos iguais, de salto alto, na cama... Fantasias reprimidas! O conceito é amplo.

A fotografia faz o vídeo ficar especialmente dramático. As sobrancelhas de Gaga loiras, dando essa forma mais andrógena ao rosto, dão mais valor ainda ao vídeo. Ela é jogada numa roda de homens iguais, mesmo corte de cabelo, representa a massa que joga o “problema” da homossexualidade para os outros e uns contra os outros. E digo mais: quem tem um preconceito com ela por fazer bem ao público GLS, pense duas vezes.

Porque sangue de Lady Gaga tem poder! E lá vem a Igreja e os moralistas censurando o vídeo em 5, 4, 3... Com vocês, ALEJANDRO... Oh, Alejandro!



Para conhecer a letra e a tradução de "Alejandro", clique aqui.

terça-feira, 25 de maio de 2010

KEANE - STOP FOR A MINUTE

Keane lançou novo CD, "Night Train", com oito novas músicas e o vídeo "Stop for a minute" com participação especial de K'naan. Assista:

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O CAOS E A ORDEM DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO

INTERROMPEMOS NOSSA PROGRAMAÇÃO PARA UM COMUNICADO!
Peço licença a todos para um longo texto de desabafo. Obrigada.

Não há como dar início a esse texto sem dizer duas coisas: estou tomada, preenchida de tristeza e transbordando muita vergonha e raiva. Tristeza por ratificar mais uma vez minha opinião sobre como funciona a imprensa de linhas editoriais tão fortes que censuram o debate aberto e a interatividade com o leitor. Vergonha porque eu me graduei em jornalismo com o sonho de informar de maneira imparcial e perceber que eu sou uma das poucas “trouxas diplomadas” com senso de ética jornalística nesse país. Raiva porque logo aqui, onde se lutou tanto e tanta gente morreu em prol da liberdade de expressão para todas as áreas de manifestação cultural, minha opinião foi calada frente a uma política editorial que só posso julgar (sim, com todas as palavras, estou julgando) barata e preconceituosa.

Explico o motivo: O jornalista André Forastieri resolveu publicar em seu blog no conglomerado R7.com um texto intitulado “Ronnie James Dio, o Deus Ridículo do Rock”. Notei uma movimentação um tanto quanto revoltada por parte dos meus amigos que leram o texto e trabalham com música, seja em produção, imprensa ou promoção de espetáculos, mais especificamente na área que Dio representava através da sua obra. Resolvi ler. E minha cara caiu no chão. De vergonha alheia. Abri o editor de texto e saí digitando furiosamente um comentário maior do que o post que me gerou tanta revolta. É a lei da ação e reação. E ariana tríplice como eu sou não revisei, não quis nem saber, postei.

Depois de postar meu comentário, fiquei aguardando a “moderação”, enquanto lia os demais comentários. Entre muitos comentários ofensivos e agressivos, pensei então que o meu comentário estava até que bem escrito, e continha mais revolta com a falta de ética jornalística e até mesmo de conhecimento de causa para escrever do que com a ausência de respeito a um dos meus cantores prediletos.

Qual não foi minha surpresa após meu longo dia de trabalho quando acessei de casa o blog do Sr. Forastieri e percebi que meu comentário havia sido descartado pela moderação.

Eu sempre fui leitora dos meios para os quais o Sr. Forastieri escreveu e escreve até os dias atuais, portanto, eu, ao contrário de muitos outros revoltados que comentaram, conheço o estilo dele. E conheço também a política editorial da emissora dona do conglomerado R7.com, com a qual não concordo e jamais concordei. É a emissora que à noite, durante seu programa interativo com pastores e bispos, “propõe” debates sobre situações polêmicas ou de utilidade pública e que veta veementemente a participação de telespectadores que não sejam freqüentadores da igreja que sustenta a emissora e, consequentemente, o programa de debates e o conglomerado. É a emissora que vive dando um jeito de falar mal de outras religiões, evidenciarem de maneira negativa estilos musicais com os quais não concorda e é contraditória ao longo de sua programação. Confunde seu telespectador.

Mesmo assim, ignorem parte do parágrafo acima, eu divaguei. Eu tenho duas perguntas ao Sr. Forastieri:

1) Quem modera os comentários do seu blog?
2) A sua liberdade de expressão é infinita enquanto a minha é totalmente limitada?

Eu senti meu texto, meus sentimentos e minha inteligência censurados. E até onde eu ainda me lembro, estamos num país onde há (ainda) liberdade de expressão. Em seu microblog, o Sr. Forastieri ainda escreveu outras coisas que eu preferi ignorar. Mas me revolta mais ainda lembrar que a minha liberdade não começa onde termina a do Sr. Forastieri. Ela começa quando e se o Sr. Forastieri assim o determinar.

Eu li a política de comentários dos blogs, não sou nenhum tipo de ignorante. E se o meu comentário foi censurado, nenhum comentário agressivo ali deveria existir. Ou seja, praticamente NENHUM comentário deveria estar ali, publicado e disponível para consulta dos demais leitores. Sabem por quê? Porque quando eles não ofendiam ao Sr. Forastieri, ofendiam aos que comentavam e argumentavam contra o texto do Sr. Forastieri.

Quando eu habilito comentários em um blog meu, estou sujeita a crítica e elogios. Quem sou eu para censurar quem me odeia ou odeia o que eu escrevo? Eu vou limitar a capacidade de expressão do meu próximo?

Eu fiz outro comentário depois, nessa madrugada, sobre a censura do meu texto anterior. Resultado? Censura de novo!

Mas vejam só... Surpresa!

Eu também tenho um blog. Eu tenho dois blogs. Eu tive vários blogs, eu também escrevi colunas e críticas, eu sei escrever! Eu posso me expressar no MEU BLOG sem censura. E os comentários estão abertos. Eu não preciso me esconder atrás de um conglomerado, atrás dos meus amigos jornalistas e assessores de imprensa que são famosos e premiados.

Segue meu comentário que foi CENSURADO no blog do Sr. André Forastieri. Dei-me ao luxo de corrigir meus erros de digitação e de recriar algumas das sentenças.

Meu professor na faculdade de jornalismo já dizia, e bem dizia: “Crítico cultural gosta de ser arrogante, agressivo, mas detesta quando é criticado da mesma maneira”.

[+] 18/5 – Por volta de 13h:


Ao ler o texto todo, eu só consegui sentir PENA de um sujeito como você, meu querido André Forastieri. Vejo inclusive que, um ou outro fã de outros estilos musicais veio aqui comentar e, como você, de maneira bem preconceituosa, saiu julgando a dor e a saudade que DIO fará na vida de muitas pessoas.

Gente pequena de cabeça querendo criticar gente tão grande de alma como o Dio. E fãs que são PURA alma, como os fãs dele. E fãs de heavy metal, que em minha opinião, fabrica grandes gênios deixados de lado pelo preconceito do mesmo tipo que encontrei nos comentários de alguns leitores e do próprio texto.

Foi amador. Foi desnecessário.

Não se escreve com TAMANHA FALTA DE RESPEITO de um profissional como Ronnie James Dio, que influenciou muitos outros vocalistas no cenário do rock mundial e criou o maior ícone de representação do heavy metal.

Não vim comentar aqui para ensinar aos ignorantes musicais que pensam saber o que é heavy metal, quais são suas origens, suas vertentes e o porquê de suas letras. Deixo isso como está e azar de quem é preconceituoso... Mas você...

Não se fala daquilo que não se sabe. Você pesquisou Dio, Sabbath e sua teoria toda no Wikipedia? Viu oportunidade de mercado ao invés de talento? Nunca ouviu falar do Elf, não é? Pois foi essa a primeira banda que deu visualização para o Dio, e o Elf já era uma enorme influência para vários garotos como Lars Ulrich, do Metallica (verdade, você também acha o Metallica um lixo...). Para você, que não conhece o assunto então... Shhhh (#silencio). Já dizia meu pai: "não sabe, não mexe". Você está brincando com fogo no seu blog.

Acho que você precisa estudar bastante sobre música, estilo, vertente, para depois vir aqui falar da forma como você falou do Dio. Nunca tinha acessado seu blog antes, confesso (não fez falta até hoje), mas não é preciso ler mais textos para saber o tipo de profissional que você é... É o "wannabe" de Álvaro Pereira Jr. ou então Arnaldo Jabor. Não conseguiu fazer isso direito quando você estava na Ilustrada? Ou você gosta de ser rendido por linhas editoriais que expurgam músicas que julgam ser "do demônio"?

Triste. Sinto pena mesmo. Coitadinho de você... Um pseudo-nerd que gosta de quadrinhos, videogame e critica o heavy metal... Realmente, só pode ser uma grande piada.

By the way, esse texto está mais parecido com cabeça de matéria do programa “Fala Que Eu Te Escuto”. Unilateral? Ambíguo?

O bom jornalista não deveria saber de todos os estilos musicais ou criticar apenas aqueles com os quais está familiarizado? Eu trabalho com todos os estilos, amo vários deles e detesto alguns outros. Ridículo é o crítico que quer fazer gracinha em cima de um momento que crê ser oportuno e é totalmente inapropriado.

Aliás, se você fez um programa de rock alternativo, trabalhou por tantos anos com o Álvaro Pereira Jr., você deveria ter um pouco mais de traquejo para criticar o que quer que seja em música. Nem o Álvaro fez uma afronta não PORCA quanto a sua.

Eu também sou jornalista, mas não me pego fazendo uma crítica tão nojenta e frustrada quanto essa sua aí, seja de uma banda ou uma pessoa que eu odeio, seja de algo que eu não conheço.

Acho que depois de tantos anos sem lembrar do que o professor te falou, é melhor que alguém te lembre as regras básicas de um bom jornalista: IMPARCIALIDADE, ÉTICA, RESPEITO e CONHECIMENTO DO CAMPO SOBRE O QUAL SE DEBRUÇA SUA PAUTA. Principalmente crítico especializado. Especialmente um crítico cultural.

Eu posso falar tranqüila disso. Posso falar com propriedade. Eu escolhi não participar da grande imprensa como ela é hoje. Ela é suja, parcial, triste, sensacionalista. Tipo isso aqui que você fez.

Dois conselhos para você, meu bem, que é blogueiro recente: cuidado com o assunto que você coloca em pauta e cuidado em como você aborda o assunto em pauta.
E faça um favor para si mesmo: queime sua coleção do Dio. Ele mal "esfriou" no caixão dele e provavelmente está se revirando ao saber que um ser tão patético e frustrado como você tem um disco dele na sua prateleira.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

BEYONCÉ INTERPRETA PIN-UP EM NOVO CLIPE

Em breve Beyoncé lançará o novo clipe, da música "Why don't you love me" (que é bônus da edição luxo do CD "I am Sasha Fierce"), mas os fãs já podem saber o que vem por aí porque nessa segunda-feira, 03 de maio, a cantora divulgou teaser do clipe onde ela aparece vestida de pin-up. Assista:


siga www.twitter.com/programaboom

terça-feira, 6 de abril de 2010

NOVO CLIPE DA DAMN LASER VAMPIRES

A banda gaúcha Damn Laser Vampires, na estrada desde 2005, sempre apostou no polka, punk com pitadas de post-punk e psychobilly e já fez muito sucesso no exterior: Canadá, Alemanha. A banda também está na trilha do filme “Ainda Orangotangos” (Melhor Filme no Festival de Cinema de Milão de 2008), de Gustavo Spolidoro. O casal Ronaldo Selistre e Francis K criam seus clipes, músicas e lançam os discos acompanhados por outro talento deles: ilustrações. Enquanto preparam o aguardado segundo disco, e pra marcar o início da temporada 2010, os Damn Laser Vampires arreganham os dentes e atacam um clássico do Bhangramuffin! Confira o clipe:

por Gisele Santos

terça-feira, 30 de março de 2010

FERNANDA: A ESTRATÉGIA FINAL

O tempo anda curto, queridos leitores, mas isso não me impede de, no dia de hoje, a grande final do BBB 10, colocar em pratos limpos as duas últimas eliminações antes de constatarmos que Dourado está levando o prêmio de 1,5 milhão de reais pra casa, embalado pelo som de ninguém menos que Ivete Sangalo.

OS LUTADORES DIMMY E DOURADO

Primeiro vamos falar da eliminação de Dimmy. Em um paredão em que foi indicado por sua mais nova aliada Fernanda, cujas intenções eram de simplesmente não deixar que Dourado, Lia e Cadu falassem mal do jogador no confessionário, o tiro saiu pela culatra. Fernanda já deixou claro diversas vezes que não tinha “os olhos abertos para o jogo” e demonstrou isso quando não orientou Dicesar a votar em Lia ao invés de encarar um confronto direto com Dourado. Estava claro que o lutador, que voltou de quatro paredões, com certeza voltaria do quinto.

Já Lia, nunca se sabe... Ela voltou de paredões mais inexpressivos, e tanto Dimmy como Fernanda não perceberam isso. Ou Fernanda NÃO QUIS perceber, como eu disse no início do parágrafo, nunca se sabe.

Fato é que foi um paredão esperado para a final: Dicesar eliminaria Lia com muita facilidade e enfrentaria Dourado pelo primeiro lugar. Quem sabe até numa virada épica, contrariando enquetes e tudo, não ganharia o prêmio final? Pois é...



É fato também que foi um paredão de preconceitos de ambos os lados, com predominância para a torcida da Máfia Dourada, que sempre fez questão de ressaltar coisas do tipo “se Dicesar tivesse nascido como ser humano, seria diferente”... E “Não deixem aquela bicha do Dicesar ganhar #DOURADOCAMPEAO”... Nem merece que eu comente isso, não é mesmo? Teve até um comentário em um post da coluna do Stycer no UOL que dizia: “O grande problema desse BBB10 foi juntar gays a seres humanos! Força & Honra Mestre do Universo, Força Mestre Dourado!”

No final, “mestre Dourado” ensinou ao seu grande público que pegar AIDS, só se você for homossexual, que se uma mulher conseguir virar homem, você pode quebrar todos os dedos dela, que gripe suína é uma grande jogada de marketing, e que falar de balada gay pode embrulhar seu estômago sensível na hora do almoço.

Procuro ser imparcial, mesmo porque Dicesar era meu candidato favorito e acabou eliminado com 58% (número da camisa dele no dia da eliminação – coincidência?). eu não vou defender Dimmy, que fez sempre a “política da boa camagadagem”, como ele dizia, e esse comportamento foi o que levou outros jogadores a o julgar como falso e leva-traz. Ele pagou pela língua grande e pela vontade de ficar bem com todo mundo. Paciência. E Bial selou essa eliminação pedindo aos dois um cumprimento igual ao dos lutadores de judô, pedindo por paz e para que os dois encontrem um meio de viver e conviver do lado de fora da casa.



A cena ficou parecendo extremamente falsa e ridícula por parte dos dois. Mas sei lá, de repente nem foi falsa. Mas essa forçada de barra foi difícil de engolir. Nesse eu entenderia Dougado falando pra Dimmy “já vai tarde”. Seria mais honesto.


OLHA NOS MEUS OLHOS E DIZ: JÁ TAVA NA HORA!


Talvez uma das eliminações mais esperadas desse Big Brother, apesar de não parecer, era a de Lia. Nem tenho muito para dizer: Lia disse tanto e repetiu a mesma coisa por tantas vezes que fica até difícil sobrar alguma coisa pra blogueira aqui comentar. Com Dimmy na rua, nova prova do líder, velho líder (preciso dizer quem?). Indicação esperada: Fernanda.

Os monsters estavam garantindo sua vaga na final... mas wait. Fernanda foi esperta (ou já tinha planejado isso) e indicou Lia para ir consigo no paredão. Apesar da votação apertada, Lia foi a eliminada com apenas 51% da preferência do público.



Foi engraçado, no entanto, e até prazeroso assistir esse pedaço do programa: mais cedo, ela, Cadu e Dourado já combinavam de comemorar a ida do trio Monster à final só depois de Fernanda pisar pra fora da casa do BBB. Ouch. Caiu do burro hein, dona Lia? No twitter as manifestações de alívio foram maciças e muita gente não agüentava mais tanta choradeira. Bial, que sempre mostrou predileção por Lia, ficou bem chateado. Ele até consolou a dançarina com um doce abraço. Meigo.



E HOJE?

Na final estão Dougado, Cadu e Fernanda. Quem você prefere?

quarta-feira, 24 de março de 2010

ANTI-JOGO E O DESPERTAR TARDE DEMAIS...

Então, eu estava mesmo é indo dormir porque o povo lá da casa não vai ganhar um milhão e meio por mim, mas compromisso é compromisso e eu preferi esperar o paredão de hoje para falar das duas últimas eliminações desta edição do BBB.

Depois da saída de Michel em um paredão com Anamara, como eu adoro chamar – A “Magoca” via Dimmy – uma reviravolta impressionante aconteceu no BBB. Uma prova do líder IMPRESSIONANTE, tamanha a interatividade com o público – com requintes de crueldade por parte do mesmo – deu a vitória a Cadu. Eu podia jurar que essa prova era do Dimmy, mas infelizmente ele não agüentou. E aqui eu abro um parêntese importante: ele, MAIS DO QUE CADU, merecia mesmo ganhar essa liderança, já que ele teve as piores condições dentro da garagem. O público foi malvado à beça, votando em condições climáticas e de iluminação bem mais favoráveis ao grupo laranja. Acho que quem entrou no site para votar nas modificações da garagem do time azul entrou mesmo para massacrar Dimmy, Anamara e Serginho Orgastic. Mas o que é justo segundo as regras da prova, é justo. Paciência. E para o paredão, uma das maiores maldades em minha opinião, já que os meus dois únicos favoritos depois da saída de Michel se enfrentaram num paredão colorido.



E Peter Pan, segundo palavras de Bial, num dos poucos discursos mais acurados durante toda essa edição, deixou o programa. Isso já era sabido, afinal, Dicesar é apontado como um dos favoritos ao prêmio... Infelizmente, não tão favorito quanto “Dougado”.

Prova do líder de sorte, e... Comentário pronto há várias semanas: Cadu líder. Ele indicou Magoca, que votou em Lia, assim como Dimmy e Fernanda. Aliás, Fernanda finalmente acordou para a vida hein? Até dica de voto ela deu pro Dimmy! Mas não adiantou muita coisa: entre a voz estridente de Magoca e agüentar mais uma semana a Lia com suas intermináveis DR’s com os demais participantes, o público optou, contrariando TODAS AS ENQUETES DE AMOSTRAGEM dos grandes portais conglomerados, pela saída da já ex-policial militar. Agora teremos, na última semana, um dos silêncios mais esperados pelo público: a ausência da voz e da fala sem fim de Anamara.



E minha coluna hoje é mais curta, com um comentário final um pouco mais longo. Alianças formaram-se aos 45 do segundo tempo numa tentativa desesperada e exasperada de tirar Dourado e Lia do jogo. Cadu é café com leite e fica até deixar de ser líder, isso é fato. A final é de Lia, Dougado e Dicesar. O grandão boa praça defende a amiga, ela o defende, até aí tudo bem, sem grandes mágoas de Cadu. Mas houve sim uma atitude anti-jogo, aliás, DUAS. A primeira partiu de Fernanda, que há sete dias da grande final, ta querendo pedir pra sair. Desculpa, mas se eu sou selecionada para passar três meses nessa pseudo vida boa dela, e concorrendo a um milhão e meio de reais, eu ficava é quieta e nem pensaria em desistir. Além do prêmio principal, tem mais dois prêmios ótimos em dinheiro, e eu batalharia por isso, contra tudo e contra todos. Isso é fraqueza e vontade de levar close. E um coice, lógico.

A segunda atitude TOTALMENTE anti-jogo partiu do trio saradão, que não se dignou a despedir-se de Magoca, com quem formaram alianças no decorrer da edição e com quem foi bem conveniente permanecer até sobrar metade dos confinados. Lia não se despedir, OK, porque ela estava comemorando sua permanência. Cadu não ser político? Começou a cair a máscara só agora? Será? E Dourado, que feio o bate-boca com o Dimmy e a frase medonha “Já vai tarde”. Ninguém falou isso para ele na quarta edição quando ele foi eliminado com alto índice de rejeição. Mas beleza. Um milhão e meio não mudará esse caráter mal acabado do sujeito. E me desculpa de novo, mas para quem só passa perreio na vida, duas coisas podem significar: ou o cara é azarado ou ele atrai isso para si. Eu fico com a segunda opção e me entristeço ao ver enquetes apontando ele como vencedor. Mas se é a vontade do público...

sexta-feira, 19 de março de 2010

MICHEL – À PROVA DO “EFEITO TESSÁLIA”

Na última terça o Big Brother Brasil perdeu um dos participantes mais cômicos, complexos e citados em grandes escândalos do lado de fora da casa; Michel, ou como os participantes o chamavam, “Alfie”, saiu com pouco mais de 60% da preferência do público em um paredão disputado contra Maroca, o primeiro duplo da décima edição.

Esse paredão, aliás, foi bastante criticado por telespectadores, que acreditavam numa vitória do publicitário paulista contra a ex-PM arretada. Algumas das famosas enquetes de amostragem em portais conglomerados apontavam para um empate técnico e no Twitter e em blogs famosos que comentam realities como “Ambulatório TV” e “Cartas Para Bial” apresentaram campanhas maciças para tirar Maroca do jogo. Era quase certa uma “virada espetacular”, “épica”... Mas nem o sucesso do blog “Porra Michel!” conseguiu superar a popularidade e os decibéis de Anamara.



Michel foi o remanescente de um grupo que saiu – até a eliminação de Cláudia e Eliéser – por conta do “efeito Tessália”, como eu gosto de chamar a onda de popularidade negativa que recaiu sobre os participantes que a twitteira tinha em seu redor. Esse efeito não recaiu sobre Michel, que foi se neutralizando em relação à cadeia de acontecimentos de culminaram na eliminação da própria namorada, mas de certa forma, o público relacionou uma coisa à outra, e com razão.



Alfie foi líder, indicou Lia, que voltou do paredão e conseguiu eliminar um dos que estavam em seu grupo. Alfie foi líder de novo, indicou Lia outra vez... E ela mais uma vez voltou. Michel não fez a “coisa certa” nenhuma das vezes em que foi líder. Pensou em vingar Tessália. E ele já não precisava mais disso como justificativa por um simples motivo: ele já tinha ganho popularidade suficiente para apenas criar sua estratégia de jogo e ir eliminando aos poucos o grupo que ajudou a eliminar a própria namorada. Nisso incluo Serginho, que para muitos, ficou esquecido graças à sua purpurina reciclável. Todo mundo esqueceu que na época, ele apoiou Lia na indicação que foi para Tess.



A verdade é que Michel reconheceu: não sabia jogar, não queria saber jogar... Era sem dúvida o PIOR jogador do BBB. No entanto, ele se mostrou um cara bem bacana. Tão bacana que até Bial em seu discurso de eliminação, traçou o perfil do publicitário como um cara que “chuta o pau da barraca” e o chamou de “amigão”. Até as confusões do lado de fora da casa acabaram dando um fôlego pro cara se manter no programa. Apesar da campanha (desculpem os fãs de Preta Gil, mas foi RIDÍCULO meter a colher nisso) em prol de “justiça” pela namorada traída do participante, a Karen Pila, já famosa “via Papparazzo”, muitas pessoas acabaram por simpatizar com a causa de Alfie, que aos poucos se mostrou e deixou inclusive algumas moças “apaixonadas” por sua cor branco palmito, como ressaltam os amigos de #porramichel.



O relacionamento sem preconceitos com Serginho, Dimmy e Morango foi muito bacana e contribuiu para que Michel não fosse tido somente como o cafajeste do programa que largou a namorada (àquela altura já “noiva à beira do altar”... Afff, quanto exagero) pra ficar com a vilã da edição, a aproximação sem grandes interesse dele e Dourado, a relação diplomática com seu grande desafeto de jogo, Lia e até mesmo com Fernanda, de quem não aceitava certas posturas, Michel saiu com sua credibilidade restabelecida, sem grandes danos para sua imagem pública.

Para a ex-namorada, restou chorar suas mágoas ao vivo no telefone para Ana Maria Braga e sua mais nova melhor amiga, Preta Gil. O direito de resposta da menina já foi dado né? Acho que agora, tudo o que passar do Mais Você de quarta-feira, que vier dela e da própria Preta é exagero e maldade.

Michel foi longe e merece reconhecimento, além de muitas piadas, como sempre, porque o #porramichel divertiu muita gente aqui fora!

Agora restam sete. Dos sete, hoje pela manhã, Cadu já está imunizado após a prova de liederança MUITO BEM FEITA pela produção do programa. Essa foi uma das mais legais de acompanhar, sinceramente! Adorei! Só achei que Cadu podia ficar lá até ele mesmo resolver sair, só pra ver quanto tempo mais ele agüentava. Se o objetivo do programa é pilhar seus participantes, nessa o pessoal perdeu a chance de pilhar o doce Cadu. Agora ficaram com o “ú” na reta todos aqueles que já morrem de medo do paredão de qualquer maneira ou reclamam toda vez que vão, temos ali algum estreante? Creio que Serginho ainda nem viu a cara do paredão né?

Vixe, esse BBB tá bacana de novo mesmo. Eu estava começando a me chatear com a repetição do público nos votos e eliminações. Só que a produção do programa sempre dá um jeito de animar os que ficaram como eu fiquei! Reta final, paredões um atrás do outro, então nossa coluna acelera durante os últimos dias de confinamento!

quarta-feira, 10 de março de 2010

ELIÉSER, DESPREZADO? ... E OS CHIMPANZÉS DE BIAL

Voltei povão; e pronto, fim de papo né? A história do BBB acabou antes mesmo do programa terminar, e não é por falta de competência da produção e direção do programa, mas do próprio público.

Nós, os chimpanzés bem parecidos com os confinados ali, ouvimos na última noite um discurso que, até o momento, me pareceu parte afronta aos confinados, um sinal de desprezo aos que ficaram e um aviso a nós, os “navegadores” da nave Big Brother. Pedro Bial anda afiadinho, vocês não acham? Cheio de recados sobre antropologia (pudera, o discurso é trecho de uma obra de Richard Wrangham) e observações sobre o confinamento, o comportamento e a psicologia dos confinados e do público, o apresentador do reality simplesmente dispensou dirigir suas palavras ao eliminado da noite, Elieser, por quem Bial sente visível antipatia.



O engenheiro agrônomo paranaense não teve uma das passagens mais brilhantes das últimas edições do programa, isso hei de reconhecer. Eli não estava tão focado no jogo, mas na sua relação com Cacau. Mas ele protagonizou cenas que renderam audiência, como por exemplo a discussão com Lia, que adora um “close” e pegou o capirão de jeito quando questionou a veracidade dos sentimentos do grandalhão por seu grande amor na casa, a empresária já eliminada Cacau. Ele ajudou na cena do “bolinho da discórdia”, quando chamou Lena de “feia dos dois lados”. Ele se mostrou um rapaz bem humorado, um pouco estourado, apaixonado e, desse jeito, foi mordendo lideranças, até receber o anjo.

No final, Eli deixou sua marca no programa como “o banana”. E pela cara de Dourado logo depois da eliminação, ele já pescou que a bola tá com ele e ninguém mais tira... ou o Dicesar será que ainda consegue?



Eu não estou mais aqui para criticar os jogadores ou o jogo, mas o público. Mas hoje eu gostaria de falar um pouco sobre como sai um BBB do jogo. Eli diz que vai ter que agüentar a fama de “bananão”. Mas isso não caberia a nós julgar ao invés de ouvirmos do apresentador e repetirmos?



Eu tenho uma opinião já formada sobre Elieser. Mas ao que me parece, a preferência de Bial têm interferido negativamente na expressão de opiniões dos telespectadores. Fique claro: Bial tem todo o direito de falar o que quiser lá, afinal é ele que acompanha, junto de produção, edição e direção, o discorrer de todas as tramas da “novela” que é o BBB. Não acho errado ele tomar partido de um participante ou outro. O que me espanta é como o público vai na dele sem pensar duas vezes. Entre a cabeça de girico do Dourado e a “bananice” do Eli, eu prefiro o Eli por uma série de motivos, que eu, como telespectadora, avaliei. Os motivos da minha simpatia por ele são meus, não são do Pedro Bial, da edição do programa, da Lia...

Eu já falei antes aqui: é um jogo psicológico forte, emocional forte, uma prova de resistência de três meses. Mas engana-se o público achando que é só para quem está disputando o prêmio final. Ontem Bial citou e eu não lembro direito das palavras dele, mas é um paradoxo imenso: ao mesmo tempo que é uma idiotice ver um bando de marmanjos ali confinados, é um jogo especialmente de equilíbrio mental. E o público é experimentado a cada edição. E apesar dos lados diferentes na preferência nacional, o público é testado dentro do que opina, no momento da votação. Nós só nos simpatizamos com aquilo que nós nos parecemos, isso é provado cientificamente. Minha simpatia é de Serginho, Dicesar, Cadu e Elieser. Só homens né... Eu me pareço um pouco com cada um deles. E aí vai mais uma opinião pessoal: se o público gosta da Lia, do Dourado e da Maroca, o que isso significa?

quinta-feira, 4 de março de 2010

DOURADO: O GANHADOR POR ANTECIPAÇÃO

Eu não sei vocês, mas por mim eu já tinha dado o prêmio para o Dourado. Os demais participantes parecem já não ter mais chances de faturar um milhão e meio e as votações batem um recorde atrás do outro. Impressionante.

Não sei se isso é falha de Mr. Edição, do processo seletivo ou de quem teve a idéia de jogar Dourado de novo no programa. Fato é que todo esse processo parece ter sido em vão em virtude da entrada do lutador no reality.

Essa foi uma semana bastante conturbada com relação ao BBB. Boninho parece (porque eu não vi isso) ter dado uma declaração de que colocaram no programa as piores pessoas possíveis e que o voto é para escolher o menos ruim para ganhar o prêmio final. Ele mesmo diz ter votado em Lia para sair do programa. E o paredão que se formou foi graças ao Big Fone atendido por Dourado. Lia poderia fazer a vontade de Boninho se tivesse ido com Eliéser e Cacau. E sabe o que acaba me deixando mais louca da vida? É que essa semana, Dourado está certo!

Ficaram no final, fora o Michel e o Cadu que são os aparta-briga, os briguentos, os aparecidos e as bundinhas malucas. Sei lá, enjoei de ver esse programa agora, sinceramente. Nada muda. Não teve uma bendita reviravolta sequer. Tou cansada. E é o telespectador que está me cansando. Toda edição é a mesma coisa: os votos todos concentrados num grupo só, o outro grupo permanece...

Pelo menos agora tudo o que eu tou vendo é assim: Dourado pode é bater o recorde de Alemão, indo pro resto dos paredões. O público, de birra, vai deixar ele ficar e dar o prêmio pra ele. Agora o grupo do Rebolation, além de rebolar muito, vai é se matar e só sobrará o guerreiro homofóbico, metido a bonzinho e que mostra suas garras no momento certo. Penso no seguinte: E se Dourado soubesse que o prêmio já é dele por antecipação? E mais: e se o resto da casa soubesse do que ta rolando aqui fora?

Esse jogo de comportamento é interessante, cansativo e doentio às vezes.

Agora a edição também nos surpreende às vezes. Depois de, no paredão anterior, mostrarem um Dourado muito mais interesseiro e oportunista, nesse último episódio de eliminação, com um especial sobre Dicesar, resolveram botar o cara fazendo o único discurso pensado dele no jogo inteiro. Dourado vive de altos e baixos nesse programa.

Sobre a eliminação de Cacau, o que posso dizer só é que Bial está feliz da vida. Ele não gosta de Eliéser e deixa isso bastante claro, expondo o bonitão sempre que pode ao ridículo, mesmo que na maioria das vezes, ele, Eliéser, não compreenda a maldade do apresentador. E mais: que era previsível essa eliminação, afinal, o que o público quer ver é a bonequinha Lia chorando, Michel cagando nas lideranças e Dourado confrontando todo mundo.

Vai que é tua, Dourado!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

BIG BARRACO DO BRASIL

Olá a todos os leitores do BBBOOM. Peço desculpas pela demora na publicação do novo post dessa que vos escreve, mas enquanto o bicho estava pegando na “casa mais vigiada do Brasil”, eu estava de mudança para o meu novo “puxadinho” – ta mais pra quarto branco, parede branca, cama branca, guarda roupa branco... – e nesse meio tempo, fiquei totalmente desconectada do mundo e do BOOM. Mesmo assim, fui acompanhando via EDIÇÃO e TV ABERTA (protesto contra a Telefônica que não transferiu minha assinatura com meu PPV) todos os movimentos desse jogo e as últimas eliminações.

Eu tinha um texto para cada eliminação, mas como aqui é um blog e geralmente nossos leitores não se assustam com textos longos, vou passar um resumão de tudo o que eu já tinha deixado preparado pra vocês.

A edição do programa que teve como eliminada a Moranguet’s hoje me deixou um tanto quanto pensativa, mas me ajudou bastante na hora de resumir as eliminações anteriores. Quando Tessália foi eliminada, aconteceu aquela tal “reunião de cúpula” dentro do puxadinho. E pelo menos a edição tem acompanhado meu raciocínio até aqui. A primeira pessoa a fazer o tal “leva-e-traz” (além da Maroqueira – Maroca-fofoqueira) foi justamente a pessoa que o público deixou mais uma vez na casa: Marcelo Dourado nem titubeou quando ouviu atrás da porta alheia e saiu correndo pra contar aos colegas marombeiros o que tinha acabado de ouvir de Elieser e Alex.



Ficou fácil deduzir que as eliminações de Alex e Uilliam não passaram de “efeito colateral” da eliminação de Tessália, quando o público estava crente que o povo do puxadinho estava jogando a frio demais. Claro que o “menos um” do Alex e a “mãezinha” que ensinou tudo o que o Uil sabia foram fatores que combinaram com o fato de serem pessoas próximas à Tessália. Mas isso não diminui em nada minha tese de que suas eliminações foram por afinidade com a twitteira. E Michel só não entrou no bolo da eliminação do meio porque foi líder e é um sujeito bastante político e simpático com todos dentro da casa, menos claro, com Lia, seu desafeto principal.

Voltando à estratégia de Dourado: o saradão casca-grossa foi conquistando certa simpatia do público graças à sua mudança de comportamento em relação à edição da qual tinha participado e sido eliminado.

Mas não durou muito. Quando ele voltou do seu primeiro paredão na sua “segunda chance”, voltou mesmo muito cheio de si. E logo voltou junto aquele comportamento de clube da luta que o público havia reprovado previamente.

Já a eliminação de Elenita era apenas uma questão de tempo, como eu creio que será para Lia, as duas maiores barraqueiras da casa. Ela não se integrou, usou palavras difíceis demais para o vocabulário dos confinados e recebeu hostilidade da maneira errada dentro do programa. Ela podia ter se soltado mais, mas preferiu ser a intelectual chata até o fim. Pior pra ela.

E justo logo após a eliminação de Elenita, Dourado e seus comparsas resolveram tramar a próxima eliminação do puxadinho, sem citar nomes, mas já pensando em estratégias para as provas do líder e do anjo, pensando em como proteger Lia, etc. A Morango mineira resolveu não se calar e comprou uma briga com uma audiência que curte, eu já descobri, um barraco.

Na décima edição do programa, histórica, citando Bial, “o público amadureceu”. Será mesmo? Talvez quando ele disse isso, pensou no amadurecimento do que é esse jogo, ao que se presta o BBB: é um jogo psicológico forte, onde aqueles que se posicionam melhor estrategicamente, e nas horas certas, vence. Ou seja, o “grande irmão” é aquele que se mete em todos os grandes barracos ao longo da edição e consegue puxar o público pro seu lado. Dourado nesse ponto vem sendo brilhante. Ele já jogou antes. Ele foi eliminado com certa rejeição do público, montou seu personagem nas horas certas e foi o mesmo Dourado enjoado de sempre quando foi conveniente também; como ele já manja o andar da carruagem, tentou uma aproximação, em minha opinião, com o personagem do Alemão, vencedor da sétima edição. O grandão engraçado, o meio inteligente, meio brigão...

O público amadureceu pro que dá audiência: barraco, choro e edredom. Dourado puxou o gatilho do puxadinho na hora exata e agora vai manipulando o público que acha que ele é mais do que merecedor do prêmio. Ele é o que causa. Ele e Lia. O resto não passa de “pecinhas de madeira” com as quais eles brincam – e se divertem. Agora aqueles que, em outras edições seriam os mocinhos (Eliéser, Cacau, Dicesar e Michel) são considerados os bandidos. Lia, como bem citou Michel, está se achando a rainha do programa, ela tem razão e ela está certa. E ela é ótima estrategista, mas já me soa uma péssima pessoa, que gosta de uma chantagem emocional pra prender os demais. Ela deve fazer isso fora da casa, e deve conseguir o que quer na base do choro teimoso.



Essa edição do BBB está me lembrando muito a última edição de No Limite. No final, o público vai acabar se sentindo como se sentiram os eliminados de lá do Ceará: como se tivessem falhado nas estratégias, eliminado verdadeiros vencedores em potencial e principalmente, assistirão a uma final de desânimo pra votar, onde só sobrarão seres do espaço como Lia, Dourado, Maroca e Cadu. E pensarão: “será que um desses merece mesmo ter mais poder supremo e ganhar um milhão e meio?” ou “pronto, estou dando um prêmio milionário para mais um arrogante que vai pisar em quem o ajudou até aqui”.

Desculpa gente, mas BBB no pay per view é melhor de acompanhar e não é todo mundo que tem essa condição; o dia-a-dia é diferente da edição. Não dá pra manter uma máscara em um confinamento por muito tempo, mesmo que esteja valendo um milhão e meio. Quem é do jeito que é lá dentro, o é aqui fora. Tessália só jogou errado. E a eliminação dela é pivô para mudar em 180 graus a visão do jogo e do público. Por estratégia, Dourado merece TOTALMENTE o prêmio. Mas além de ser um jogo, é um jogo com pessoas e a avaliação de caráter é parte importante no momento de entregar tanto dinheiro na mão de uma pessoa só. E a edição do programa deu a dica na noite que eliminou a Angélica: o público pode estar avaliando, pensando e votando errado dessa vez.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

DUAS SEMANAS E MEIA DE AMOR... E A CASA EM PÉ DE GUERRA (?)

por Juliana Negri

Eu nunca disse que era avessa a reality shows. Na verdade, dependendo de qual for, eu simplesmente não desgrudo mais da TV. É o caso dos globais “No Limite” e “Big Brother Brasil 10”. A décima edição do programa parecia até que não engataria por conta da velha fórmula, dos manjados líder e anjo, das estalecas e das participações dos confinados em aventuras fora da casa. Ledo engano. Boninho e sua trupe deram fôlego novo ao formato, incluindo nas primeiras semanas a divisão dos participantes por “tribos”, e marcaram a ferro quente virtual os rótulos de cada grupo de personalidade / culturas dentro da casa. Ponto pra eles. Inovaram mais: jogaram lá dentro dois ex-participantes de edições anteriores e que foram, no mínimo, polêmicos: a ex-miss Joseane e o lutador Dourado. Mais um ponto. E o ponto extra seria em minha opinião se no lugar da ex-miss tivessem conseguido enfiar Natália, Fani ou até mesmo o doido do Rafa.

E falando em pontos, nesta semana, a eliminação da twitteira Tessália (@twittess) colocou, no mínimo, um ponto de interrogação do tamanho da casa na cabeça de participantes como Michel, o namorado da moça durante duas semanas e meia. Ele há dois dias anda de luto pela saída de sua amada e mal imagina o tamanho do problema que deve encarar ao sair da casa.

O jogo até então estava “truncado”, com poucos e óbvios movimentos vindos dos brothers, que a cada novo paredão, tentaram sem sucesso eliminar os dois ex-bbbs reciclados. Joseane saiu e Dourado ficou, e arrebatou o público como deveria ter feito da primeira vez em que esteve no reality. As melhores cenas até ali foram as protagonizadas embaixo do edredom entre "Tess" e "Alfie" e dois barracos moles: de Lia com Lena e de Anamara com Eliéser. Fato que os 14 que estão na casa hoje são todos donos de personalidades fortes, quase que muito parecidos um com o outro, causando explosões catastróficas por conta de bolinhos de soja. E por fora de tudo isso, quem vinha mordendo e “pescando” (mesmo que de maneira errada) o jogo era a mocinha twitteira, que foi meiga nos primeiros três dias de confinamento e, finalmente, mostrou a que veio. Costurando uma estratégia aqui, isolando-se dali, formando um casal icônico, Tessália acabou pegando a estrada errada justamente ali, na primeira semana, quando se engraçou com Michel. Se atrapalhou e atrapalhou o amado ao mesmo tempo. A popularidade do publicitário, que já não era das maiores, despencou vertiginosamente, e ele tornou-se o pivô de encrencas do lado de fora, com a ex-namorada Karen Pila e os amigos do brother aos tapas virtuais na imprensa.

Fica difícil, eu diria até quase impossível que a grande maioria que a eliminou acredite no que ela vem declarando do lado de fora da casa – que não houve cena de sexo, que ela não foi “ela mesma” na casa, que ela jogou com o coração e que não fazia idéia de que Michel era comprometido. Eu venho acompanhando o programa desde o começo, tenho PPV, e NÃO VI ele afirmando categoricamente que não estava namorando. Michel ainda vai descobrir as conseqüências desastrosas que seu namoro precoce com Tessália causou na opinião do povo, mas ela mesma já está dando o famoso “jeitinho” brasileiro de desviar das próprias pedras que arremessou. E claro, reconquistando os followers perdidos em sua conta no Twitter após o ataque de hackers.

A última eliminação teve um discurso amargo, um “chute no saco” (ou um chute na “tessália” da Tessália - #tessaliaservepratudo) por parte de Bial, e Michel provavelmente não entendeu o que ele quis dizer. O índice de 78% seria o suficiente para compreender a rejeição e acordar para o jogo, mas Michel ainda parece estagnado. Será que um “quarto branco” apaga o luto do rapaz e chacoalha ele?

E Bial representou o que muitos acabaram sentindo da twitteira: ela entrou esnobando o jogo e os participantes, achando que de tudo sabia, que seria fácil, mas ela não botou a mão no lixo. Boninho mesmo desmentiu a conversa que supostamente teve com ela, em que teria dito que ela acertou a análise que fez dos participantes. Os ataques gratuitos e ciumentos a Fernanda (de dois dias pra cá talvez ela passe a ter razão, mas o natural seria deixar a máscara cair), o “romance proibido”, o pedido descarado para participar dos “esquemas” de Dourado, enfim, uma série de fatores levou a “boba” da @twittess a voltar a twittar do lado de fora da casa.

Talvez boa parte dessa edição esteja pautada no desespero dos participantes por um prêmio tão gordo. E eles deixam de enxergar humanismo em si próprios, esquecem-se dos familiares, amigos e admiradores fora da casa (em um caso específico, esqueceu-se da namorada), dos filhos... E aí não adianta nenhum #voltatessalia. O público toma decisões de acordo com aquilo que ele vê; o discurso batido de que "ninguém entende o que se sente dentro daquela casa" não é desculpa. Após dez edições, os novos moradores da casa do BBB deveriam estar carecas de saber (assim como o aeroporto clandestino na cabeça de Dourado, que parece ter aprendido a lição) que O PÚBLICO toma a decisão final. E o que sai aqui fora é o que vale, não o sentimento lá dentro. Auto-controle. Talvez falte isso à maioria na casa.

Nem cabe comentar o comportamento dos “Coloridos” Dicesar, Serginho e Angélica, que já engataram a sexta marcha e saíram na frente dos demais confinados estouradinhos e estão claramente na corrida do milhão e meio. Mas a eliminação de Tessália deixou claro que o grupo está confuso, dividido (e isso graças a algumas articulações da moça) e não sabe se caminha rumo ao caos total ou ao prêmio final.

Vejamos agora se dois paredões triplos e um quarto branco botam ordem no galinheiro.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

FELICIDADES E MUITA SAÚDE !!!


Valeuzão por toda força durante nosso primeiro ano com o BOOM!!! Que 2010 seja um BOOM de felicidades e muita saúde pra todos nós!!!!!
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